GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Irã diz que continuar suas negociações com EUA 'não tem sentido' após os ataques de Israel

Uma mediação foi agendada para domingo, mas talvez não ocorra em função da nova posição do Irã

Conflito no Oriente Médio escalou desde sexta-feira depois que o Irã atacou Israel  -  (crédito:  AFP)
Conflito no Oriente Médio escalou desde sexta-feira depois que o Irã atacou Israel - (crédito: AFP)

O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou, neste sábado (14), que não teria sentido participar das negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã enquanto o Irã estiver sob ataque de Israel. 

"É evidente que, nessas circunstâncias, e até que a agressão do regime sionista contra a nação iraniana cesse, não tem sentido dialogar com uma parte que é a maior apoiadora e cúmplice do agressor", disse o porta-voz do ministério, Esmail Baqaei, em um comunicado antes das negociações agendadas para domingo.

A informação foi divulgada pela AFP

Entenda: 

Depois de avisar que abriria "as portas do inferno" e de prometer uma resposta decisiva, o Irã lançou mais de 100 mísseis balísticos contra Israel, que contra-atacou poucas horas depois. O ataque iraniano conseguiu romper o Domo de Ferro e atingir Tel Aviv, sacudida por várias explosões. Retaliações sucessivas provocaram uma escalada de tensão com panorama de guerra aberta, lançando o Oriente Médio no perigo de um conflito regional. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou que a campanha bélica contra o inimigo "durará dias" e estava "só começando".

O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que o Irã "cruzou todas as linhas vermelhas" com o disparo dos mísseis e anunciou que todos os reservistas foram posicionados em "arenas de combate" espalhadas pelo país.

Na madrugada desta sexta-feira (13/6), as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram uma of AFP ensiva sem precedentes contra instalações militares, atômicas e de processamento de urânio. Também cometeram assassinatos seletivos contra seis cientistas do programa nuclear e altos comandantes iranianos, entre eles, o chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami; e o chefe do Estado Maior, Mohammad Bagheri.

O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, ignorou os pedidos de moderação feitos pela comunidade internacional e anunciou a retirada das negociações sobre o programa nuclear. "Teerã rejeita os apelos por moderação dirigidos ao Irã após a agressão israelense", declarou.

postado em 14/06/2025 10:04
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