Brasil em Transformação

Izalci Lucas alerta para influência de interesses internacionais no Brasil

Senador do PL-DF defendeu durante evento do Correio equilíbrio entre preservação e desenvolvimento e reforça necessidade de derrubar veto ao imposto seletivo sobre mineração

"Sustentabilidade é fundamental, mas não podemos aceitar uma paralisia disfarçada de preservação ambiental", criticou Izalci durante evento do Correio - (crédito: Mariana Campos/CB/D.A Press)

O senador Izalci Lucas (PL-DF) voltou a defender a exploração responsável dos recursos naturais brasileiros durante sua participação no evento Brasil em Transformação: a mineração no Brasil e no exterior, realizado pelo Correio nesta terça-feira (10/6). Ao comentar o embate recente entre a ministra Marina Silva e parlamentares no Senado, Izalci disse ainda que há exageros na condução do debate ambiental no país e criticou o que classificou como influência de interesses internacionais para impedir o desenvolvimento nacional.

“Temos potencial enorme, mas continuamos com populações inteiras em situação de vulnerabilidade. Sustentabilidade é fundamental, mas não podemos aceitar uma paralisia disfarçada de preservação ambiental”, afirmou. O senador citou como exemplo as dificuldades enfrentadas na implantação do Parque Capital Digital, em Brasília, que, segundo ele, levou três anos para sair do papel por entraves ambientais desproporcionais.

Izalci também questionou a falta de equilíbrio nas discussões sobre exploração de petróleo na margem equatorial brasileira. “Imaginava-se que o furo seria próximo a terras indígenas, mas na verdade estamos falando de 500 km da costa. É preciso mais racionalidade e menos ideologia nesse debate”, declarou. Para ele, o discurso ambiental tem sido, em muitos casos, instrumentalizado para atender a interesses externos que não correspondem às necessidades reais da população brasileira.

"Postura de vitimização"

O senador reconheceu que o debate com a ministra Marina Silva, ocorrido na Comissão de Infraestrutura do Senado, teve excessos, mas criticou a postura de vitimização. “As pessoas usam muito a condição de mulher para se colocarem como vítimas. Precisamos focar na técnica, na legislação e na realidade brasileira”, pontuou.

Ao final, Izalci reforçou sua posição contrária à incidência do imposto seletivo sobre a extração mineral, especialmente para produtos destinados à exportação. “Não podemos exportar imposto. A Constituição é clara: não há tributação sobre exportação. Por isso, o Congresso precisa derrubar o veto número 7 no dia 17”, concluiu.

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*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

postado em 10/06/2025 10:52 / atualizado em 10/06/2025 10:54
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