
Possíveis casos de gripe tiveram alta expressiva no Brasil entre os dias 1º e 7 de junho, comunicou o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), nesta quinta-feira (12/6). De acordo com o comunicado, número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no país tem sido consideravelmente maior do que o observado nos dois últimos anos.
"O número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano ado, registrando um aumento de 91%", acrescenta o informe. De acordo com o boletim InfoGripe, essa alta — considerada "atípica" pela Fiocruz — se concentrou nas regiões Centro-Sul, Nordeste e em parte do Norte.
"A influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG, que seguem aumentando em boa parte do país", detalhou. Segundo o boletim Infogripe, jovens, adultos e idosos são as populações mais afetadas por SRAG.
Influenza A
Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, a maioria dos pacientes com SRAG no país foram diagnosticados com influenza A. Além disso, diagnósticos de Vírus sincicial respiratório (VSR) tem contribuído para a alta na quantidade de hospitalização de crianças pequenas.
“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos da doença. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país”, afirmou a pesquisadora.
Tatiana também recomenda etiqueta respiratória em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, além do uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com muita aglomeração de pessoas.
2025
Só neste ano, de acordo com o boletim Infogripe, foram notificados 93.779 casos de SRAG, sendo 47.343 (50,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório e 32.264 (34,4%) negativos, e ao menos 7.893 (8,4%) aguardando resultado laboratorial.
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Segundo a Fiocruz, entre os caso positivos para algum vírus, 24,5% são influenza A; 1,1% são influenza B; 45,1% são VSR; 22,3% são rinovírus; e 9,9% , covid-19.